A safra 2010 do ícone Cabernet da Concha y Toro está classificado no Top 10 dos 100 melhores vinhos do mundo em 2014, de acordo com a prestigiosa revista Norte-americana Wine Spectator.
Por conchaytoro / 12 de Novembro de 2014
Ao longo de toda a temporada de crescimento e maturação da uva, as temperaturas amenas concorreram para dar mais complexidade e maior maturidade aos taninos.
As precipitações durante 2010 foram de 238,8 milímetros, mais baixa que a média considerada normal.
A colheita da uva se deu manualmente em pequenas gamelas de 10 quilos cada uma e seu momento foi determinado basicamente pela degustação da uva, ainda que se faça um completo controle analítico da maturação de cada setor. O Cabernet Sauvignon foi colhido entre 3 e 27 de maio, enquanto o Cabernet Franc de 22 de abril até 18 de maio.
No que diz respeito ao rendimento, tanto Cabernet Sauvignon como o Cabernet Franc, foi de 3,2 toneladas por hectare.
A uva colhida é levada até a adega de Puente Alto para começar o processo de vinificação. As gamelas são esvaziadas sobre uma mesa de seleção para iniciar a vinificação somente com uvas sadias e maduras.
A fermentação alcoólica se dá em cubas de aço inoxidável de baixo volume, de modo a manter separada cada subparcela do vinhedo. Estas fermentações duram de sete a nove dias, sob uma temperatura entre 25 e 28°C. Ao longo de seu curso, quatro a seis remontagens diárias permitem extrair a cor e os taninos presentes na película e nas sementes dos cachos. Uma vez terminada a fermentação, ou seja, quando o açúcar foi completamente convertido em álcool pelas leveduras, a cuba é fechada hermeticamente, e começa um período de maceração entre 10 e 20 dias – sob uma temperatura entre 23 e 25°C – o que permite uma maior extração, além de taninos mais suaves. Portanto, o período total de incubação – fermentação e maceração – pode durar entre 17 e 30 dias, dependendo das características da uva de cada ano. Ao final da maceração, cada cuba é descoberta em função da degustação da equipe de enólogos e viticultor do Don Melchor.
Antes de realizar a mistura final, os vinhos são mantidos por algumas semanas em barris ou tanques, de forma a manter separada cada parcela, e assim poder ser degustado para fazer a mistura correspondente.
Uma nova colheita de Don Melchor nasce quando se define que proporção dos distintos Cabernet Sauvignon, originários das diversas parcelas do vinhedo, formarão a mistura final. Uma vez misturado, o vinho entra em barris de carvalho francês dos bosques de Allier, Tronçais e Nevers. Cerca de dois terços dos barris são novos e o restante já foi utilizado previamente.
Quatro vezes durante o armazenamento, o vinho é transferido, de modo a favorecer a evolução e separar as borras que se originaram durante este período.
Depois de 15 meses nos barris, o vinho é engarrafado e continua seu armazenamento por mais um ano, desenvolvendo assim a complexidade e elegância que se espera do Don Melchor.
Don Melchor 2010 é composto por 97% de Cabernet Sauvignon e 3% de Cabernet Franc. É um vinho muito completo e elegante, com notas de grafite e fruta preta. Balanceado na boca, com final longo e cor intensa. Tem uma textura de taninos suaves, finos e elegantes, que lhe conferem uma grande concentração e densidade, formando camadas de aromas e sabores.
“Don Melchor é para mim uma busca constante da melhor expressão de cada uma das videiras presentes no vinhedo, para assim alcançar em cada cacho a beleza do equilíbrio do terreno de Puente Alto. Essa é minha verdadeira obsessão. Utilizo a tecnologia como uma ferramenta para alcançar mais conhecimento, no entanto, observar e sentir cada planta e vinho é o que nos permite conseguir o equilíbrio perfeito em cada colheita”.