Carlos Reynolds Colheita VRA 2009

Em 1901 o primeiro vinho tinto engarrafado no Alentejo foi uma iniciativa de Thomas J. Reynolds.  Julian Reynolds comprou a Herdade da Figueira de Cima em 1980. Hoje, quem está no comando da vinícola é a sétima geração, representada pelo jovem Carlos Reynolds de 28 anos de idade. Glória Reynolds, que comandou a herdade até sua morte, faleceu, aos 98 anos, em 2011. De acordo com o Enólogo Nelson Martins, a família foi a introdutora da Alicante Bouschet no Alentejo, casta base de seus melhores vinhos. A propriedade tem área total de 200 hectares com criações de ovinos, suínos (porco preto) e bovinos (gado alentejano). Possui 40 hectares de vinhedos. Também produz azeites de elevada qualidade, da marca “Figueira de Cima”. Variedades cultivadas – brancas: Arinto e um talhão de 1 hectare de Antão Vaz na propriedade denominada Figueira de Cima. Tintas: Alicante Bouschet, Aragonês, Trincadeira, Syrah, Cabernet Sauvignon, Touriga Nacional e Alfrocheiro. Os vinhos todos anos são diferentes dentro da mesma ideia, dentro do mesmo perfil. As uvas são fermentadas em balseiros de carvalho francês “Seguin Moureau”. São vinhos nos quais a tostadura da madeira não se sobrepõe à fruta; as barricas são usadas para dois, três vinhos. Na propriedade também são cultivadas oliveiras que produz um ótimo azeite da variedade Galega (100%). Há Azinheiras (que produz a bolota que serve de alimento para o porco preto/pata negra) e Sobreiros (rolha). O clima na região é muito árido, seco, duro. No Alto Alentejo essa situação já não se verifica, porque o clima é mais suave. Os rótulos dos vinhos da Família Reynolds são autenticamente alentejanos: a faixa azul representa o rodapé das casas, o rótulo branco o cal das casas caiadas para amenizar o calor e as cores azul e vermelha das cápsulas, são as cores da região. A “coroa” é a mesma utilizada para ferrar animais. No Brasil, os vinhos são importados e distribuídos por www.wine.com.br

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DEGUSTAÇÃO – 

Carlos Reynolds 2009 – Álcool: 13,5% – Variedades: Aragonez (40%), Trincadeira (40%) e Alicante Bouschet (20%) – amadurecido em barrica de carvalho francês por oito meses e afinado na garrafa por mais doze meses – Análise organoléptica: vermelho-rubi intenso sem denunciar o peso de sete anos. Aromas de geleia de frutas negras, especiarias sobre leve tostado. Na boca exibiu taninos volumosos, ligeiramente adocicados, madeira bem colocada, acidez intensa sem incomodar, álcool generoso, enfim, um vinho quente, potente, suculento, crocante, equilibrado, marcado pela tipicidade. Avaliação: 88-89/100 pts.+

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