Cartuxa DOC Alentejo 2013

A Fundação Eugênio de Almeida é uma instituição de direito privado e utilidade pública, sediada em Évora. Os seus estatutos foram redigidos pelo próprio fundador, o Eng. Vasco Maria Eugênio de Almeida, Conde de Villalva, quando da sua criação em 1963. A missão institucional da Fundação concretiza-se nos domínios cultural, educativo, assistencial, social e espiritual, visando o desenvolvimento e elevação da região de Évora.

A produção obtida nas vinhas é vinificada num local histórico e sagrado, a Adega da Cartuxa, situada na Quinta de Valbom em Évora. A adega está instalada num edifício que pertenceu à Companhia de Jesus em 1580 e que na época era a sua casa de repouso. Com a expulsão dos jesuítas de Portugal pelo Marquês de Pombal, este edifício foi integrado aos Bens Nacionais em 1755. No ano seguinte, já funcionava no local um importante lagar de vinho que absorvia a produção vinícola da região. Em 1869 o edifício foi vendido em haste pública e adquirido por José Maria Eugênio de Almeida, avô do Eng. Vasco Maria Eugênio de Almeida.

Próximo à Adega da Cartuxa, fica o bonito Mosteiro da Cartuxa de Santa Maria Scala Coeli, fundado em 1587 e que retomou em 1960 a atividade religiosa contemplativa, depois de vultosas obras de restauro empreendidas pelo Conde de Villalva. No silêncio das caves deste Mosteiro, vários vinhos da Fundação fazem o seu estágio em garrafa.

Sempre com a preocupação do enquadramento arquitetônico num edifício muito rico em história, a Adega da Cartuxa passou por várias reformas e ampliações nos últimos anos. Hoje é uma das mais modernas e bem equipadas do Alentejo. Toda cercada por vinhas e com uma charmosa loja de vinhos, a Adega da Cartuxa é visita obrigatória para todos os que se dirigem a Évora.

2017-01-25 21.19.30

Degustação –

Cartuxa DOC Alentejo 2013 – Álcool: 14,5% – Variedades: Aragonez, Alicante Bouschet, Trincadeira e Cabernet Sauvignon – Preço médio R$ 180 – um dos Alentejanos mais conhecidos no Brasil, amadurecido 12 meses em barrica de carvalho francês. Análise organoléptica: vermelho-rubi com reflexo violáceo brilhante, no olfato apresentou aromas complexos com notas de groselha, cereja. Especiarias, tabaco e leve nota de couro também integram o conjunto. Na boca, este Cartuxa 2013 não repetiu na taça o equilíbrio das duas safras anteriores. Tropeçou no álcool na casa dos 14,5 % facilmente perceptível. Tânico, exibiu harmonia entre fruta e madeira. Reconhecidamente encorpado e longevo, o decurso do tempo na garrafa concorre para o afinamento do conjunto.  Parafraseando o respeitado crítico Rui Falcão, trata-se de um vinho “clássico que se modernizou”. De fato, estamos diante de um dos tintos que representam muito bem o potencial do Alentejo. Avaliação: 89/100 pts.+

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