Decanter apresentou vinhos da Hess Family Estates em São Paulo

A importadora Decanter, representada por Adolar Hermann e Cézar França, trouxeram ao Brasil Victoria Mingo, Gerente de Marketing da “Hess Fammily – Terroir Wines Crafted on 4 continents”. Victória é argentina e trabalha  nas Bodegas Colomé & Amalia e representa a Hess Family Latin America. S.A.  A degustação seguida de almoço ocorreu em São Paulo, no dia 22 de maio. Donald Hess assim define os seu grupo de vinícolas, todas do Novo Mundo: “Foco no Novo Mundo com suas diferentes castas na sua melhor expressão”  Puderam ser degustados os seguintes vinhos:

Algumas linhas sobre as vinícolas de Donald Hess pelo mundo.

Hess Sauvignon Blanc Allomi 2009 – Hess Collection (Napa – EUA) – esta é a primeira vinícola de Donald Hess, célebre colecionador de arte moderna e vinicultor “naturalista” em quatro continentes (Colomé, Glen Carlou e Peter Lehmann). Os vinhedos inaugurais foram adquiridos em 1978 na zona colinar de Mount Veeder, a mais alta do Napa Valley, com uma estação de amadurecimento mais fria e de grande diversidade geológica dos solos. Em 1989 foi aberta a vinícola histórica de 1903 ao público, completamente reestruturada, ostentando uma das maiores coleçõs de arte do mundo. Todos os vinhedos recebem tratamento sustentável porque a Hess Collection figura entre os primeiros membros do Napa Green e do California Susainable Winegrowing Alliance e 243 dos 368 hecaters são mantidos como área selvagem.

Pinot Noir Sarmento Vineyard Santa Lucia Highlands 2008 – Sequana (Santa Lucia – EUA) – estrela no firmamento dos grandes produtores de Pinot Noir na Califórnia, uma pequena casa da Hess Family Estates especializada na produção de minúsculos lotes de Pinots de enorme distinção. O talentoso enólogo James MacPhail tem em mãos uvas de cultura sustentável das prestigiadíssimas regiões do Russian River Valley (Sonoma) e Santa Lucia Highlands (Monterey) e emprega técnicas delicadas para fomentar o refinamento destes que estão entre os melhores Pinots do mundo, fora da Borgonha.

Colomé Lote Especial Bonarda 2010 – Colomé (Salta – Argentina) – Colomé possui os vinhedos mais altos do mundo, aninhados na Cordilheir Andes, no nordeste da Província de Salta, entre 2.200 e 3.015 metros de altitude. A antiga vinícola Colomé teve suas fundação em 1831 e ostenta outro recorde como a mais antiga da Argentina ainda em operação, com vinhedos de Malbec e Cabernet Sauvignon pré-filoxéricos plantados em 1854 e a dar frutos. Está instalada num belíssimo altiplano desértico de Calchaquí e construiu ali uma sofisticada infra-estrutura paa elaborar biodinamicamente alguns dos vinhos mais peculiares e poderosos do mundo.

Gravel Quarry Cabernet Sauvignon 2007 – Glen Carlou (Paarl – África do Sul) – Parte do triunfante grupo Hess desde 2003, a Glen carlou é uma das mais respeitadas vinícolas da África do Sul, localizada no coração de Paarl. Arco Laarman lidera os enólogos na elaboração de vinhos que valorizam a pureza da fruta, frescor, balanço e sedosidade, com um pé no Velho Mundo, mas com a territorialidade bem característica da África do Sul. Assim como as outras vinícolas da Hess Family Estates, a Glen Carlou trabalha integralmente com a agricultura sustentável e possui uma das maiores coleções de arte moderna do país em seu centro de exibições.

Stonewell Shiraz 2006 – Peter Lehmann (Barossa – Austrália) – “Peter Lehmann é a máxima personificação do Vale de Barossa, todos os vinhos são honestos como ele e sempre sensatamente precificados”.  Palavras de James Halliday, acerca do papel de liderança, respeito e valor deste revolucionário pioneiro de Barossa para a indústria vinícola do país. O veterano Peter e o seu filho Doug, fiéis como poucos aos sabores de Barossa, ajustaram em 2003 a venda ao grupo Hess, mas permanecem no comando ao longo da equipe vencedora do existoso grupo suiço que detém 90% do comando. Aqui também a arte moderna, os vinhos precisos e verdadeiros e a viticultura sustentável caminham lado a lado.

 

Amalaya Gran Corte 2009 – Amalaya (Salta – Argentina) -Onde os outros viram um deserto, Donald Hess vislumbrou grandes vinhos. Assim surgiu Amalaya, “esperança por um milagre” ma lingua indígena local, que veio a consubstanciar  o projeto de elaborar alguns dos vinhos mais incríveis e originais de toda Argentina em pleno deserto de Cafayate, noroeste de Salta. Tal como na vinícola irmã Colomé, os vinhedos próprios estão entre os mais altos do mundo e são cultivados segundo a filosofia biodinâmica.

 

A seguir a descrição e avaliação dos vinhos degustados:

 

Hess Sauvignon Blanc Allomi 2009 – Hess Collection (Napa – EUA) – álcool: 14,1% – preço: R$ 129,40 – palha claro com reflexo esverdeado. Aromas abertos exibindo boa tipicidade da casta com as tradicionais notas vegetais, toques vegetais e depois de algum na taça surgiu maracujá maduro. Na boca subscreveu as sensações olfativa com notas de fruta branca como pêra e leve cítrico. Macio e de bom corpo, termina longo, fresco e sobretudo sem amargor. Avaliação: 89/100 pts.

 

Pinot Noir Sarmento Vineyard Santa Lucia Highlands 2008 – Sequana (Santa Lucia – EUA) – álcool: 14,7% – preço: R$ 241,50 –  vermelho rubi de média concentração com halo granada. Aberto e opulento nos aromas com fruta vrmelha em profusão, notas de morangos e cerejas sobre uma nota de especiaria doce (canela). Na boca confirmou a riqueza olfativa com taninos macios, fruta madura envolta na excelente acidez bem característica da casta. A madeira (11 meses em carvalho francês 40% novo) está integrada. Chega a ser guloso e não revelou nenhum desequilíbrio, mesmo com 14,1% de álcool.Está bem próximo de seu auge e assim deverá permanecer nos próximos 3 anos, para dizer o mínimo. Avaliação: 90/100 pts.

 

 

Colomé Lote Especial Bonarda 2010 – Colomé (Salta – Argentina) – álcool: 14,6% – preço: R$ 105,80 – intenso na cor com reflexo púrpura. No nariz fruta preta (ameixa, figo) sobre uma nota tostada. Na boca é um vinho cujos elementos estão em integração, concentrado,  alguma sobra de álcool e madeira se sobressaindo um pouco além do esperado. Em contraponto a tudo isso, revelou acidez gastronômica e final rugoso, a prometer boa evolução na garrafa nos próximos anos. Avaliação: 87/100 pts.+

 

 

Gravel Quarry Cabernet Sauvignon 2007 – Glen Carlou (Paarl – África do Sul) – álcool: 14% – preço: 189,75 – violáceo intenso e profundo. Nariz intrigante que começou com as tradicionais notas de borracha queimada e asfalto. Depois de algum tempo uma nota forte de fruta doce sustentada pelo álcool saliente, a lembrar um Porto. Na boca taninos viris, potentes e de boa qualidade. Denso e marcado por suas notas marcadas, termina longo com uma nota herbácea que se destaca no conjunto, amadurecido durante 18 anos em barrica de carvalho francês. Avaliação: 88,5/100 pts.

 

 

Hess Collection Cabernet Sauvignon Mount Veeder 2006 – (Napa – EUA) – preço: R$ 224,25 – álcool: 14,4% – vermelho rubi intenso, profundo. Nariz exibindo notas de licor de cassis, amoras sobre uma nota de couro novo. Já revelou excelente tipicidade nos aromas. Na boca é um vnho macio, de taninos finos e com tudo no sítio certo: álcool, acidez, fruta, madeira, sem os habituais excessos. Apesar de ter maurecido durante 18 meses em barricas de carvalho francês 50% novas, a fruta está bem presente. No fim-de-boca deixou uma nota de ameixa. Avaliação: 89,5/100 pts.+

 

 

Colomé 180 Años Malbec 2010 – Colomé (Salta – Argentina) – álcool: 14,5% – preço: R$ 262,80 – quase retinto na cor com reflexo púrpura. No nariz de perfil quase unidimensional, notas de violeta sobre o tostado da madeira. Na boa a sua entrada revela um vinho quente, de taninos potentes (jovens), com notas de barrica (12 meses em barrica nova de carvalho francês metade novas e a outra metade de diversos usos). Longo, profundo, concentrado e intenso, termina um pouco secante com leve aspereza. Avaliação: 87,5/100 pts.+

 

 

Stonewell Shiraz 2006 – Peter Lehmann (Barossa – Austrália) – álcool: 14,5% – preço: R$ 448,50 – retinto na cor com leve halo granada em formação. Nariz típico da casta com muita especiaria (noz moscada), chocolate, baunilha e licor de cassis com ampla sustentação na taça.  Na boca a sua entrada revela um vinho monumental, de taninos volumosos, com camadas sobre camadas de frutas, com a madeira, cerca de 18 meses em hogsheads de 300 litros de carvalho francês e somente 10% em barrica de carvalho americano,  integrada ao conjunto. Notas de baunilhas e ameixas se fizerem presentes e dão sustentação à sua concentração de sabor.Potente, profundo, mastigável, só peca por seu preço excessivo. Sem arestas, tem longa vida pela frente na garrafa, esbanjando força e tipicidade. Avaliação: 92/100 pts.++
 

Vinhos degustados no almoço com o serviço do vinho supervisionado por Cézar França

Art Series Classic Riesling 2010 – Peter Lehmann (Eden – Austrália) – álcool: 11% -preço: R$ 96,60 – palha claro com reflexo esverdeado. No nariz notas minerais com pierre-à-fusil e querosene. Na boca apresentou leve açúcar residual, acidez um abaixo do esperado, notas cítricas e médio frescor. Tem na tipicidade um de seus destaques. Avaliação: 87/100 pts.

 

 

Amalaya Gran Corte 2009 – Amalaya (Salta – Argentina) – álcool: 14% – uvas: Malbec (90%), Cabernet Franc e Tannat em partes iguais – preço: R$ 121,00 – vermelho rubi intenso, quase retinto com reflexo púrpura brilhante. No nariz de perfil quase unidimensional, notas balsâmicas ao lado de violetas. Na boca a sua entrada revela um vinho quente, de taninos potentes (jovens), expansivo,  com notas de barrica (12 meses em barrica nova de carvalho francês, 20% novas e o restante de segundo uso. Longo, profundo, concentrado e intenso, termina rugoso prometendo evolução na garrafa. Avaliação: 89/100 pts.+

The Welder Natural Sweet Chenin Blanc 2009 (500ml) – Glen Carlou (Paarl – África do Sul) – álcool: 11,5% – preço: R$ 97,75 – amarelo com reflexo dourado. Nos aromas notas de frutas tropicais maduras (abacaxi, marmelo) sobre um fundo cítrico. Na boca sua acidez dá equilíbrio a conjunto contrabalançando a doçura que está na medida certa. Amadurecido por 4 meses em tonel de aço inoxidável, tem corpo pleno e toda sua estrutura está calcada no álcool integrado e na fruta que se destaca nas notas de laranja em calda. Persistente, temrina limpo e macio. Avaliação: 90/100 pts.

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Category: Artigo

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