A produção obtida nas vinhas é vinificada num local histórico e sagrado, a Adega da Cartuxa, situada na Quinta de Valbom em Évora. A adega está instalada num edifício que pertenceu à Companhia de Jesus em 1580 e que na época era a sua casa de repouso. Com a expulsão dos jesuítas de Portugal pelo Marquês de Pombal, este edifício foi integrado aos Bens Nacionais em 1755. No ano seguinte, já funcionava no local um importante lagar de vinho que absorvia a produção vinícola da região. Em 1869 o edifício foi vendido em haste pública e adquirido por José Maria Eugênio de Almeida, avô do Eng. Vasco Maria Eugênio de Almeida.
Próximo à Adega da Cartuxa, fica o bonito Mosteiro da Cartuxa de Santa Maria Scala Coeli, fundado em 1587 e que retomou em 1960 a atividade religiosa contemplativa, depois de vultosas obras de restauro empreendidas pelo Conde de Villalva. No silêncio das caves deste Mosteiro, vários vinhos da Fundação fazem o seu estágio em garrafa.
Sempre com a preocupação do enquadramento arquitetônico num edifício muito rico em história, a Adega da Cartuxa passou por várias reformas e ampliações nos últimos anos. Hoje é uma das mais modernas e bem equipadas do Alentejo. Toda cercada por vinhas e com uma charmosa loja de vinhos, a Adega da Cartuxa é visita obrigatória para todos os que se dirigem a Évora.
Degustação –
EA VRA branco 2014 – Álcool: 13,5% – Variedades: Antão Vaz, Roupeiro e Arinto – Preço médio: R$ 60 – palha esverdeado. No início uma explosão aromática com notas terpênicas. Toques florais e cítricos. Na boca a acidez confere tensão ao vinho que com o tempo ganha maciez. O acento cítrico emoldurado por notas minerais acrescenta-lhe complexidade para sua faixa de preço. Corpo pleno e boa persistência num branco de nítida feição gastronômica. Termina sem amargor. Da safra 2014 sem dar sinais se cansaço! Avaliação: 88/100 pts.