A Torrontés é a única cepa autóctone da Argentina. Aplica-se esse nome a três variedades diferentes. A mais fina é a Torrontés Riojana (intitulada assim por causa da Província de La Rioja, onde é amplamente cultivada no Vale de Chilecito), que alcança seu apogeu na denominação de origem própria. Todavia, nos vinhos de altitude da província de Salta, sobretudo nas proximidades de Cafayate, saem expoentes representativos. A origem deste vinho de perfume floral, intenso, com sabor da própria uva e doce ainda é desconhecida, mas é muito provável que seja espanhola (galega). Tem algum parentesco com as Malvasias gregas. A tese mais plausível é a de que surgiu do cruzamento espontâneo da Moscatel de Alexandria com Criolla Chica, trazida pelos espanhóis. Prolífica, é plantada em toda Argentina. Em La Rioja, a Torrontés geralmente é conduzida em pérgulas e vinificada pela cooperativa local. A região vitícola mais conhecida na região é o Vale de Famatina. Por fim, em algumas regiões desérticas de Mendoza a Torrontés também adquire alguma expressão. Essa é a terceira variedade.
Degustação –
Goulart T Torrontés Salta 2012 – Álcool: 14,2% – Região: Salta – importador: Wine.com – preço médio: R$ 42 – Este vinho branco da variedade Torrontés Riojano apresentou coloração palha claro límpido e brilhante. Nariz vegetal com toques de erva cidreira sobre um fundo floral. Não é muito complexo nem intenso, mas é agradável aromaticamente. Na boca apresentou bom frescor, maciez e uma pontinha cítrica. Vinho equilibrado, sem amargor, detentor de relação preço-qualidade e de vocação gastronômica, principalmente comida asiática. Avaliação: 88/100 pts.