Quinze linhas para a variedade Carignan

Em certo momento, a uva Carignan predominou nos vinhedos do Languedoc. Contudo, isso só aconteceu por causa do seu alto rendimento – ate 200 hl/ha. Os vinhos produzidos tinham alta acidez, baixo teor alcoólico, taninos firmes, adstringentes e ásperos. A Carignan não é uma cepa de fácil cultivo: floresce tarde é suscetíves ás duas principais doenças: míldio e oídio – é propensa a apodrecer e, acima de tudo, raramente amadurece! Durante anos os viticultores foram incentivados a arrancá-la e plantar cepas de qualidade mais “nobres”. Porém, ela continuou a ser a cepa mais plantada no Languedoc até ser superada pela Merlot no final dos anos 1990. Recentemente a Carignan começou a ganhar defensores. Velhas videiras retorcidas, algumas até de 100 anos de idade, plantadas em encostas de lugares como Saint-Chinian e Montpeyroux, começaram a mostrar seu potencial. A mudança de destino deve-se a enólogos como Sylvain Fadat, do Domaine d’Aupihac, que busca frescor, acidez e notas minerais e a Jean-Marie Rimbault, que acredita que a Carignan é a expressão real de seu terroir, com paladar de frutas escuras e defumado. Fonte: Fonte: O Grande Livro dos Vinhos – Publifolha 2012

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