Superchilenos degustados lado a lado: Seña 2007, Don Melchor 2007 e Chadwick 2004

 

Recentemente tivemos a oportunidade de degustar ao mero acaso três “superchilenos” de porte: Chadwick 2004, Don Melchor e Seña ambos 2007. Não foi propriamente uma degustação comparativa, mas como as garrafas foram abertas quase que a mesmo tempo, pudemos aferir as diferenças de cada uma. O Chadwick 2004 já foi analisado aqui no blog, no post http://blogdojeriel.com.br/2012/10/mais-um-enoconfronto-de-argentina-e-chile-de-um-lado-norton-2004-do-outro-chadwick-2004/.  Já o Don Melchor e Seña 2007 contam com várias postagens no blog, mas passo a descrevê-los porque nunca houve oportunidade para degustá-los frente a frente: o Seña 2007 está num bom momento para ser bebido. Seus aromas são expressivos e estão calcados na fruta que chega a ser copiosa com notas de cereja, framboesa e ameixa sobre notas de caixa de charutos e bastante mentol. Na boca surpreende pela qualidade de seus taninos jovens. Acidez muito boa, a provocar intensa salivação. Estrutura sólida, ótima concentração de sabor, enfim, um grande representante chileno que parece seguir a mesma senda do inesquecível e raro Seña 2001. Ainda está jovem e vai longe, muito longe na garrafa. O Don Melchor 2007 confirmou as avaliações anteriores e, por se tratar de uma safra ímpar bastante comemorada no Chile, precisa de mais tempo na garrafa. Não é exuberante como o Seña, é bem mais contido, mas sútil, potente e elegante ao mesmo tempo.  Neste momento o Seña levou a melhor, mas o final longo e ainda marcado pela madeira, deverá mudar com mais alguns meses ou até anos na garrafa e o Don Melchor mostrará todas suas qualidades, que não são poucas. Basta ter um pouco de paciência, porque se trata de um dos vinhos chilenos mais longevos. O resultado foi em primeiro lugar  o Seña 2007, seguido de perto pelo Don Melchor 2007, que de seu turno abriu uma boa vantagem sobre o Chadwick 2004, que não se beneficiou do tempo em garrafa que faria presumir tratar-se de um vinho próximo do auge. Mas não foi isso o que se verificou (veja nossas impressões no link mencionado no princípio desse texto). Enfim,  foi uma comparação interessantíssima que permitiu aquilitar como esses vinhos evoluirão nos próximos anos.

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