Cousiño-Macul Finis Terrae 2003 – um verdadeiro Bordeaux chileno

A Cousiño-Macul, fundada em 1856 e localizada na região metropolitana de Santiago (Avenida Quilín 7.100), é a única vinícola das que se estabeleceram no Chile no século XIX que ainda se encontra nas mãos da família fundadora (sexta geração), a qual controla cem por cento da empresa. O nome da vinícola deriva do nome de seu fundador, “Don Matías-Cousiño”, que também é o nome da área onde se desenvolveu sua primeira sede, no Vale do Maipo. De outra parte o termo “Macul” é de origem indígena e significa “mão direita”.

Olhando cuidadosamente o símbolo, veremos que o mesmo está formado pelas iniciais do nome da família fundadora, que teve papel fundamental na indústria de vinho chileno porque foi uma das primeiras a exportar sua produção para países como os Estados Unidos da América, países da América Central e Brasil, por exemplo. A missão da vinícola é produzir vinhos de classe mundial sem perder a alma chilena destacando todo caráter do terroir do Alto Maipo. Agora o vinho escolhido para este post: Finis Terrae – cuja sua primeira safra foi em 1982. É um dos primeiros “vinhos ícones” do Chile, corte de Cabernet Sauvignon com Merlot. Vinho fino e longevo que reflete com fidelidade o terroir do Maipo.

Degustação –

Cousiño-Macul Finis Terrae – safra: 2003 – álcool: 13% – região: Alto Maipo – variedades: Cabernet Sauvignon (60%) e Merlot (40%) – Importador: Santar – tel.: 011 3227 7355 ou www.santar.com.br – preço corrente (em 2015): R$ 200,00 – Vinho emblemático que resulta na seleção de cepas antigas de Cabernet Sauvignon e Merlot da vinícola. Seu estilo é clássico, combinando a madurez do Novo Mundo, a elegância dos vinhos tradicionais e uma estrutura que permite uma grande capacidade de guarda. Amadurece em barricas de carvalho francês durante aproximadamente dezoito meses. Análise organoléptica: vermelho-rubi violáceo intenso com alguma profundidade e halo granada nas bordas. Aromas complexos com notas de pimentão, frutas secas, coco e ligeiro tostado sobre um fundo balsâmico com boa sustentação taça. Boca de inequívoca feição bordalesa com taninos polimerizados, os quais foram os principais garantidores do desenvolvimento do vinho a seu tempo. Acidez correta, álcool integrado, notas terciárias bem perceptíveis neste verdadeiro “Grand Cru” chileno, sobejamente conhecido por seu caráter elegante e longevo. Avaliação: 90/100 pts. +

Barbaresco Maestri Cantinieri DOCG 2008
Herdade da Soberana – Vinho Regional Península de Setúbal 2005
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Category: Vinho degustado

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